Modelagem do Vestuário

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Para uma boa modelagem existem vários aspectos a serem considerados como por exemplo os fatores ergonômicos, antropométricos, geométricos. Deve-se analisar detalhadamente a morfologia do corpo e seus movimentos realizados, no momento da construção da modelagem.

A modelagem no design do vestuário trata de uma atividade que atende às necessidades de conforto, durabilidade e funcionalidade do produto. Consiste em uma técnica responsável pela criação dos moldes, que reproduzem as formas e medidas do corpo humano, adaptados ao estilo proposto pelo designers . Elas são executadas a partir de uma analise feita pela modelista, profissional que elabora o molde – da interpretação do desenho técnico e das demais especificações do produto criado. (JONES, 2005)



Grave ( 2004, Apud Martins, 2006, p. 57) analisa que “uma roupa mal modelada expõe o corpo a alterações físicas, até mesmo doenças. Para tanto, é necessário um estudo pertinente para cada peça do vestuário”.

Moda é um fenômeno social e cultural, de caráter mais ou menos coercitivo, que consiste na mudança periódica de estilo, e cuja vitalidade provem da necessidade de conquistar ou manter uma determinada posição social. ( JOFFILY, 1999 Apud TREPTOW, 2003)

RECH (2002) Conceitua o produto de moda como qualquer elemento ou serviço que conjuga “as propriedades de criação ( design e tendências de moda), qualidade ( conceitual e física), vestibilidade, aparência ( apresentação) e preço, a partir das vontades e anseios do segmento de mercado ao qual o produto se destina”, objetivando a satisfação das necessidades e expectativas do consumidor.

Fornasier (2005) Explica que a cada vez que se estruturam novos dados sociais (visão de novos competidores), progressos tecnológicos ( transformação da matéria, difusão dos modelos) e desenvolvimento econômicos (trocas comerciais, estruturas de distribuição), geram-se elementos para o design de moda.

Nesse sentido o design é uma expressão da sociedade atual, criador de diversidade e por isso, o seu investimento é fundamental para as características culturais dos cidadãos, sendo de suma importância ao desenvolvimento dos produtos, de ambientes e de serviços ( CALDAS, 2004)

Na materialização de um projeto de produto de moda, por meio da definição de tecidos, aviamentos, beneficiamentos, da elaboração de fichas técnicas, estudos de modelagens e pilotagens, os aspectos concretos são determinantes para a definição do tipo de produto. Todas essas atividades, assim como outras, se inter-relacionam e dependem umas das outras para o estabelecimento de uma coleção de produtos de moda (DENIS, 2004)

Leite( 2008) analisa que o processo de fabricação do vestuário é, acima de tudo, o resultado das informações de moda que resulta, posteriormente, em um produto. A moda está expressa nas mais diversas formas em diferentes áreas do conhecimento. Sendo assim o processo de modelagem industrial está diretamente ligada a materialização do produto desejado pelo usuário (LEITE, 2008).

A modelagem, segundo Araujo (1996) consiste na “arte de confecção de moldes a partir de um modelo pré-estabelecido”.

A modelagem industrial é a técnica empregada na construção de roupas, sendo desenvolvida de forma bi ou tridimensional em quantas partes forem necessárias. Para isso o modelista faz a interpretação de todas as formas do corpo humano por meio de medidas antropométricas. Para a elaboração de modelagens de vestuário as pricipais referencias devem ser consideradas são os desenhos projetados pelos designers e principalmente as mediadas antropométricas do usuário, o corpo (MEDEIROS, 2007)

Radicette (2004), respalda nesses conhecimentos, afirma que o modelista,por meio das criações do designer, é capaz de desenvolver moldes de produtos que satisfaça os desejos estéticos, funcionais e emocionais dos consumidores.

O modelista faz a mediação entre a criação e a produção das peças em escala industrial, por isso é importante que todas as técnicas sejam avaliadas nesse processo, considerando que durante a produção industrial não seja possível efetuar correções devido falhas da modelagem. A partir do momento que as partes das peças cortadas são levadas para a produção, na há mais retorno possível, a não ser que se refaça o molde e a peça piloto. (ESCOREL, 1999, p. 66)

Projética, LONDRINA, v.1, n.1, p. 82-100, dez. 2010. Nº INAUGURAL

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